quarta-feira, 30 de março de 2011

Cães no Guarujá/SP entram em depressão

Doentes e tristes

Cães que aguardam adoção no CCZ do Guarujá (SP) entram em depressão

29 de março de 2011

Estes cães estão vivendo no CCZ Guarujá, litoral de SP. Se não forem resgatados vão morrer ali.
A poodle foi deixada pela família e está com depressão profunda.
Contato: Rose – uipaguaruja@gmail.com – (13) 9714-2610

A volta de Neguinho!


Cão de morador de rua de Ipanema que estava desaparecido é devolvido

Casal leu reportagem no G1 e devolveu animal sem pedir recompensa. Dinheiro que seria pago será usado para tratar tumor no cachorro.

Terminou com final feliz a história entre o vira-lata Neguinho e seu dono Renato, morador de rua de Ipanema, na Zona Sul do Rio. Após doze dias desaparecido, o cachorro foi devolvido ao dono na noite da última segunda-feira (28) por um casal que o acolheu e descobriu o verdadeiro dono após ler reportagem doG1.


“Foi emocionante. Eu estava muito triste sem ele. Quando nos encontramos, foi uma festa. Ele pulava de tanta felicidade”, contou Renato. O sumiço de Neguinho, de cinco anos, aconteceu depois que Renato foi levado por agentes da prefeitura para um abrigo. Antes de deixar o animal para trás, ele o deixou amarrado em uma grade na Praça General Osório, e quando voltou, o cão não estava lá.
Segundo Mônica Mallet, que ajudou Renato espalhando cartazes e oferecendo recompensa por Neguinho, o casal reconheceu o cachorro ao ver a foto na internet. “O casal pegou Neguinho pois ele estava sendo abordado e queimado com cigarro por pivetes. Levaram ao veterinário, cuidaram muito bem dele. Ontem eles leram a reportagem, viram que estávamos procurando por ele, e vieram nos devolver”, explicou ela. 
Renato reencontrou Neguinho depois de 12 dias (Foto: Priscilla Massena )

Exames apontaram tumor em Neguinho

Durante esta visita do animal ao veterinário, alguns exames detectaram um tumor na genitália de Neguinho. “Nunca descobriríamos isso, já que ele é um cão de rua. Mas são pessoas de bem e já até compraram o remédio quimioterápico que ele terá que tomar”, disse Mônica, completando que o casal não quis os R$ 1 mil da recompensa e sugeriu que o dinheiro seja usado no tratamento do cachorro.
Após o reencontro com seu melhor amigo, Renato contou que não vai continuar na rua. “Vou trabalhar, montar minha casinha e acompanhar o tratamento do Neguinho. O diagnóstico do veterinário dizia que ele estava deprimido. Acho que é porque estava longe de mim. Agora estamos muito contentes”, contou.

Cartazes espalhados

Desde o dia 16 de março, data em que o vira-lata desapareceu, mais de 200 cartazes foram espalhados pelo bairro. A amizade entre Mônica e Renato começou em 2007, quando ela passava uma temporada com a mãe, em Ipanema, e o viu dormindo com Neguinho debaixo de uma marquise.
“Senti compaixão por ele. Passava por ali todo dia e ele estava lendo um livro, sempre arrumado. Comecei a conversar, dar comida pra ele e para o Neguinho. Em 2008, arrumei um emprego em Niterói pra ele. O Renato me chama de madrinha”, resume, emocionada.
Após três anos trabalhando e morando na Região Metropolitana do Rio, Renato deixou o emprego e voltou a morar na rua. Segunda ela, Renato é filho de uma moradora de rua e tem mais quatro irmãos que teriam sido adotados por uma família francesa.

Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/03/cao-de-morador-de-rua-de-ipanema-que-estava-desaparecido-e-devolvido.html

terça-feira, 29 de março de 2011

Betty Gofman contra abandono de cães na gravidez

Betty Gofman posa, aos oito meses de gestação de gêmeas, com Menina, Lilica e Sofia, suas três cachorras. A atriz quis ser fotografada assim, quase parindo e ao lado de suas “galguinhas”, para dar início a uma campanha contra o abandono de cães por mulheres grávidas.


“As pessoas sempre me perguntam: “o que você vai fazer com seus cachorros agora que está grávida?”. Eu acho essa pergunta cretina, fico indignada”, diz. “Isso me deixa louca porque é muita ignorância das mulheres que esperam bebês, e dos médicos também, acharem que os cachorros fazem mal à saúde da família”.

Betty alerta que, por causa de toda essa desinformação, muita mulher grávida acaba doando ou abandonando seus cachorros na rua. “Fico chocada”, diz. “A pessoa amava seu cachorro e depois quer se livrar dele?”.

Betty costuma cuidar de cachorros abandonados na rua para depois entregá-los a quem se interesse por adotá-los. “Dou um trato legal e tenho a ajuda de três veterinários”. Ela conta que já cuidou de mais de cem cães e gatos abandonados antes de doá-los. “Sou uma casa de passagem, recupero os bichos e depois dou para quem estiver querendo de verdade.” Quer ver Betty revoltada? Diga algo do tipo: “Bem que ela podia ajudar também as crianças abandonadas e os velhinhos desamparados”

“Quem fala essas coisas costuma ser um espírito de porco que não ajuda ninguém. Quem tem senso de solidariedade vê que cada um faz sua parte. A minha é essa.”

Minha fonte: http://www.galgos.com.br/cms/index.php/menartigos/46-catartigos/306-betty-gofman-contra-abandono-caes-gravidas



segunda-feira, 28 de março de 2011

Pode acontecer em qualquer circo!! Não financie, boicote em sua cidade o circo com animais


ONG divulga vídeo que mostra elefanta de circo agredida com porretes e chutes

A polícia de uma cidade britânica lançou uma investigação após um grupo de defesa de direitos de animais ter divulgado um vídeo que mostra uma elefanta de circo da Grã-Bretanha sendo espancada com uma barra de ferro, agredida com um ancinho e recebendo pontapés.
O vídeo, divulgado pela entidade britânica Animal Defenders International (ADI), mostra uma elefanta de 57 anos de idade, batizada como Anne, recebendo repetidas vezes chutes no rosto e no corpo, apanhando com uma corrente, com um porrerte e um ancinho.
As imagens exibem o paquiderme recebendo um total de 48 golpes, como chutes contra sua cabeça e seu corpo, enquanto permanece acorrentada. Os ativistas afirmam que a crueldade é agravada pelo fato de que Anna sofre de artrite, o que que dificulta sua mobilidade.
Anne é o último elefante de circo na Grã-Bretanha e pertence ao circo Bobby Roberts Super Circus.
Ela foi comprada na década de 50 pelos pais do atual proprietário.
Elefanta sendo espancada com porrete
Vídeo mostra cenas de agressão praticadas contra elefanta Anne
Imagens
As imagens teriam sido registradas secretamente entre 21 de janeiro e 15 de fevereiro deste ano, em um celeiro na cidade de Northamptonshire.
Funcionários da ADI teriam instalado uma câmera oculta no local temendo pelo bem estar de Anne.
Em um comunicado, o circo afirmou que os incidentes ''parecem ser isolados'' e teriam ocorrido quando o proprietário do circo, Bobby Roberts, estava ausente.
A mulher do dono do circo, Moira Roberts, afirmou que o culpado foi um treinador romeno empregado especialmente para cuidar de Anne que já não trabalha mais no Bobby Roberts Super Circus.
Ela afirmou que o casal reagiu com ''choque e horror'' quando viu as imagens e acrescentou: ''Nós gostaríamos de ter tido a oportunidade de processá-lo e de tê-lo entregado à polícia''.
A ADI está pedindo para receber a guarda do animal, que, segundo a entidade, poderia ser hospedado em um dos muitos santuários mantidos pela organização.
Jan Creamer, que preside a ADI afirma que a organização está preocupada com o bem estar do animal há anos.

domingo, 27 de março de 2011

Você sabe o que feirinhas de filhotes e venda de animais em pet shops acarretam?

(Trecho)

...Outra atitude que normalmente acaba em abandono é a compra de animais por impulso, principalmente nas famosas feirinhas de filhotes ou pet shops. Os “maravilhosos” Pet Shops, com seus filhotes fofos e macios e ainda por cima por um precinho bem “camarada”, exercem fascínio sobre adultos e crianças, que acabam cedendo aos encantos dos pequenos.

Assim, cães e gatos vão parar nas casas de milhões de brasileiros, enfeitados como presentes de Natal, Páscoa ou aniversário, como se fossem brinquedos bem elaborados. Porém, muita gente não sabe o que está por trás desse comércio abominável de animais. 

Filhotes vendidos em Pets Shops e feirinhas normalmente são provenientes de criações de fundo de quintal, ou seja, são animais sem o mínimo controle genético e que possivelmente darão muitas dores de cabeça aos seus guardiões.

São animais cruzados indiscriminadamente por pessoas que se dizem criadores, mas que não passam de cachorreiros visando lucro à custa da exploração de cães e gatos. São filhotes que, diferentemente dos provenientes de criadores sérios, não recebem vacinas adequadas, estando sujeitos à diversas doenças infecto contagiosas.

Não recebem ração de boa qualidade, o que prejudica seu desenvolvimento tanto físico quanto psicológico. Não possuem controle genético, podendo vir a apresentar doenças degenerativas ao longo de sua vida, trazendo dor e sofrimento tanto para o animal quanto para seu guardião. 

São desmamados precocemente e vendidos antes de completarem dois meses de idade, o que trás sérios problemas comportamentais e de socialização. Normalmente são produtos de cruzamentos consangüíneos, o que afeta seu temperamento, originando filhotes totalmente fora do padrão, agressivos, medrosos e anti-sociais.

Por fim, a grande maioria não passa de lindos Vira-Latas “disfarçados” de Poodles, Lhasas, Shi-Tzus, Yorkshires, Labradores, Persas, Siameses, e tantas outras raças, o que acaba gerando insatisfação aos donos, que abandonam os animais por descobrirem que não era aquilo o que esperavam deles....


sábado, 26 de março de 2011

Linda história com final feliz







Veganismo vem ganhando adeptos


Domingo, hora do almoço. Eis o momento mais popular nas churrascarias. E como brasileiro adora carne. Entre porções de frango, porco e boi, o consumo per capita nacional ultrapassa 75 quilos por ano. De tão habituados a esse estilo de vida, nem dá para imaginar como seria abrir mão dessas delícias, certo? Pois saiba que a cada ano aumenta o número de pessoas que apostam no prazer longe da carne. Segundo pesquisa do Instituto Ipsos, 28% dos brasileiros “têm procurado comer menos carne”. É o segundo maior índice mundial, próximo ao canadense e maior que o britânico. Fica atrás apenas do registrado nos Estados Unidos, onde os hambúrgueres são uma das maiores fontes de doenças cardiovasculares e sentimento de culpa.


“Diabetes, hipertensão e colesterol são doenças que marcam a contemporaneidade. Deixar de consumir alimentos de origem animal e seus derivados auxilia em primeiro lugar na redução da ingestão de gorduras saturadas e colesterol, o que previne doenças como a obesidade e problemas cardíacos”, defende Yuko Ono, mestre em Ciências da Nutrição pela Loma Linda University, e professora de nutrição da UFPA.
Além de cuidado com a própria saúde, há outras razões que motivam tanta gente a mudar o que coloca no prato. Desde os 16 anos, a psicóloga Shaula Collyer abriu mão do bom e velho bife, adotando uma dieta de mariscos. Hoje, aos 32 anos, vegetariana há nove, radicalizou mais ainda seu modo de vida e aboliu o consumo de qualquer produto derivado de animais. “Tomei essa decisão depois de ler o livro ‘Animais, nossos irmãos’. Pela primeira vez ouvi dizer que não precisamos de nenhum tipo de carne para viver com saúde plena, que é desnecessário explorar, confinar, torturar e assassinar animais. Até então, eu nem pensava a respeito, pois parecia algo ‘inevitável, necessário à sobrevivência humana, a lei da natureza’, e tantas outras bobagens convenientes que aprendemos desde a infância”, diz.


AO EXTREMO
Essa filosofia de vida se chama veganismo, uma espécie de evolução do vegetarianismo. No Brasil, a maior comunidade do Orkut sobre o assunto reúne mais de 18 mil adeptos. Os veganos, além de não comerem carne, rejeitam qualquer produto que explore animais. Nada de couro, mel, penas, lã, seda, peles, ou cosméticos que usaram bichos em testes. “Comprar animais, nunca. Adotamos. Não há porque comprar um amigo, já que há tantos animais saudáveis que são assassinados diariamente pelo Centro de Zoonoses porque não há espaço para abrigá-los”, diz Collyer. “Não vamos a rodeios, vaquejadas, rinhas, touradas, circos com animais ou zoológicos”, completa Flávio Oliveira, 35 anos, bancário, vegano desde 2009, e participante do grupo Vegetarianos em Movimento, VEM.
Atualmente, o VEM, sediado em Belém, reúne 10 membros. Ativista, o grupo se dedica a promover eventos de conscientização sobre os males da exploração de animais. Além de atividades aos domingos, na Praça da República, colaboram com entidades de defesa de animais. “Entendo que posso sobreviver neste mundo sem ter que explorar, matar ou torturar outros animais, seja por necessidade ou prazer. O homem não tem o direito de rebaixar nenhum ser vivo e nem se sentir superior a nenhum deles”, sintetiza Rodrigo Briveira.
Além do respeito à vida animal, aspectos ambientais reforçam o discurso vegano. A lógica é matemática. “Para produzir cada quilo de soja, são necessários em média 2 mil litros de água. Por outro lado, para produzir cada quilo de carne bovina são necessários cerca de 43 mil litros de água”, contabiliza Sérgio Greif, biólogo da Unicamp e co-autor do livro “A Verdadeira Face da Experimentação Animal” e autor de “Alternativas ao Uso de Animais Vivos na Educação”.
“A fome só existe porque cerca de 25% dos grãos cultivados no mundo são utilizados na alimentação do gado”, defende. “Pensar criticamente sobre nossa postura como consumidores é fundamental”.


Adotar o veganismo requer um bocado de informação. A mudança alimentar não deve ser feita de forma abrupta, mas tirar a carne do cardápio não representa qualquer dano à saúde.
“Recomenda-se uma mudança gradativa sob a orientação do nutricionista, introduzindo alimentos substitutos aos poucos. Se a mudança for feita de forma correta, realizando combinação de alimentos de origem vegetal que resulte no consumo de proteína completa, associado ao consumo de alimentos de outros grupos que fazem parte de uma dieta vegetariana, deixar de comer carne não acarretará em nenhum prejuízo para o funcionamento do corpo” diz a nutricionista Yuko Ono.

Há ainda quem argumente que o consumo de carne foi um passo fundamental na evolução da espécie humana, e que, portanto, eliminá-la da dieta seria um equívoco. “Atualmente, quando se analisa a constituição anatômica e fisiológica do sistema digestivo humano, em especial a dentição e a anatomia do intestino grosso, percebe-se que a alimentação cárnea não é a mais adequada para nós. O consumo da carne tem causado para a humanidade, no decorrer dos séculos, o aumento da incidência de doenças crônicas como obesidade, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, doenças renais, câncer”.

Manter uma dieta vegana já parece não ser nenhum bicho de sete cabeças. A popularização do estilo de vida resultou no surgimento de um número cada vez maior de restaurantes e livros de receita verde. “Em Belém, há restaurantes como o Mãe Natureza, Govinda e Cantina Oásis”, enumera a nutricionista. Quanto ao receio de o custo do consumo de alimentos integrais e orgânicos pesar no orçamento, Yuko esclarece que o barato, em se tratando de saúde, pode sair caro.

“Em relação ao preço dos alimentos mais saudáveis, como por exemplo, os alimentos integrais, frutas, hortaliças, leguminosas, castanhas e nozes, são mais altos, de fato. Porém, se for analisar por um outro ângulo ou a longo prazo, pode se tornar mais econômico, pois uma alimentação saudável aliada a outros hábitos saudáveis previne uma série de doenças e dá um ganho enorme na qualidade de vida, evitando gastos médicos e principalmente com remédios, que em geral são ainda mais caros”. (Diário do Pará)


quinta-feira, 24 de março de 2011

Cães sentem pena das pessoas, diz pesquisa

Segundo estudo, os animais têm empatia pelas emoções humanas


Pesquisadoras do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazr, em Portugal, constataram que os cachorros parecem sentir empatia pelas emoções humanas, tanto que os animais usados em terapias podem até adquirir as emoções de seus donos.
De acordo com o estudo, os animais não copiam simplesmente as emoções que estão ao seu redor. Cães podem ficar chateados como uma criança quando criados em um ambiente familiar com brigas. E podem pedir por ajuda no caso de emergências, o que sugere certo grau de percepção e empatia.




Mas não é fácil enganar um cachorro. Em um experimento em que os donos dos animais fingiram um acidente ou um ataque cardíaco, os cães ficaram confusos e não prestaram socorro. Para as pesquisadoras, isso acontece porque o cão tem que sentir outros sinais, como cheiro e sons. Outro estudo mostrou que cachorros usados em terapias são afetados emocional e fisicamente por seu "trabalho", se beneficiando de massagens e outras práticas calmantes.
De acordo com as cientistas, os cães são afetados pelas emoções humanas por que são descendentes dos lobo, caninos sociais, cooperativos e que sentem empatia por outros lobos. A evolução e a domesticação teriam feito com que os cachorros conseguissem sincronizar suas emoções às humanas. Outro motivo seria a seleção artificial, que buscou animais cada vez mais inteligentes – e provavelmente capazes de “entender” melhor as pessoas.
Segundo o Discovery News, mais pesquisas devem ser realizadas para entender a origem do comportamento canino, as diferenças entre raças e a possibilidade de treinamento para essas habilidades emocionais.


Fonte:  http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI212919-17770,00-CAES+SENTEM+PENA+DAS+PESSOAS+DIZ+PESQUISA.html

Para ler! Resgates Impressionantes

Como o amor e a solidariedade de humanos de bom coração salvaram animais.

(reportagem completa)

Vergonha! Não sabem tomar conta de alguns poucos animais; depois reclamam quando a cidade é criticada.

Confinados e maltratados


Animais são flagrados vivendo em condições miseráveis em minizoo de Cubatão (SP)

22 de março de 2011

Se já é triste ver animais aprisionados em um ambiente que não lhes é natural, o que dizer de um animal preso e não ter alimento para comer?
Moésio Rebouças
Neste domingo (20 de março), quando estive no minizoológico do Parque Ecológico Cotia-Pará, em Cubatão (SP), uma cena cortou meu coração, entre tantas. Um cavalo solitário estava procurando comida num recipiente e não encontrava nada. A bacia estava vazia. Não é a primeira vez que eu vejo este tipo de imagem naquele campo de concentração animal.
Cavalo estava visivelmente ferido.
Além de sobreviver num local imundo, cheio de fezes, cheirando mal, pequeno (a área tem mais concreto que terra!), o cavalo aparentemente se encontrava com um ferimento no dorso e com bicheiras no seu focinho.
Cavalo é um animal tão bonito, sensível. É vibrante ver esta espécie animal em ambientes naturais, decentes, em bandos, exercitando seus instintos selvagens, correndo, pulando… Mas este do minizoológico municipal de Cubatão passa uma imagem tão triste, dor, depressão… Está sempre cabisbaixo, se arrastando.
Quem deveria ficar à míngua no lugar do cavalo é a Prefeita Marcia Rosa (PT) com a companhia das ditas autoridades ambientais do seu governo e da chefe do Ibama Baixada Santista. Deviam passar alguns dias lá para sentirem na pele a “maravilha” que é sobreviver trancafiados nas condições em que aquele cavalo fica.
Ou poderiam passar um tempo na ilha artificial dos três macacos prego. O “probleminha” é que lá não tem sequer uma árvore para se proteger do sol. Provavelmente a Prefeita iria torrar sua pele branquinha ou pegar uma insolação.
Mas há outras acomodações “cinco estrelas” no minizoológico, outras opções “naturais”. Por exemplo, a Prefeita e seu séquito ambiental poderiam fazer companhia para a arara azul amarelo, afinal ela sobrevive ali sozinha, iria “amar” a presença de vocês, de pessoas com “compaixão”, que se “importam com a humilhação e o sofrimento animal”.

terça-feira, 22 de março de 2011

ENTREVISTA COM O AUTOR DE "COMER ANIMAIS"


CULTURA / ENTREVISTA - 03/03/2011

Livro "Comer Animais", de Jonathan Safran Foer, reacende a polêmica em torno do vegetarianismo. Confira a entrevista


Livro do escritor americano traz dados sobre a indústria da carne e questiona o consumo massivo do alimento

Por Letícia González

A pergunta é clássica: você comeria isso se soubesse como foi preparado? Pense um pouco na questão e estará diante do novo livro do escritor americano Jonathan Safran Foer, 33 anos e no seu terceiro best-seller. “Comer Animais”, lançado em fevereiro nas livrarias brasileiras, é uma pesquisa aprofundada sobre a carne que chega ao nosso prato, mais especificamente de onde ela vem e o que ocorre quando ainda não é carne, mas bicho. Para costurar todos esses dados, ele usa uma boa dose de histórias pessoais e questões filosóficas como “Por que amamos cachorros e não porcos?”.

Durante três anos, Jonathan - autor dos romances "Tudo se ilumina" e “Extremamente alto & incrivelmente perto”, sobre um menino que perde o pai no atentado do 11 de setembro de 2001) - procurou dados sobre a produção de bovinos, aves e peixes. O motivo era pessoal: queria decidir como alimentar seu primeiro filho. “Impulsos inesperados me surpreenderam quando descobri que seria pai. Comecei a arrumar a casa, a substituir lâmpadas queimadas, a limpar janelas e arquivar papéis.(...) e decidi escrever um livro sobre comer animais”, diz no livro. Vegetariano ocasional, Foer adotou de vez a dieta durante esse processo. 

O debate não é novo. O mérito de Foer em sua nova obra talvez seja apresentar uma grande quantidade de dados atuais e trazê-los para um campo - se não neutro - real. A começar por admitir que há “coisas em que acreditamos quando estamos deitados na cama, à noite, e escolhas que fazemos à mesa do café, na manhã seguinte”.

Foer conversou com Marie Claire por telefone de sua casa, no Brooklyn, em Nova York. Hoje pai de dois filhos (o mais velho tem cinco anos), ele aproveitou a experiência para aconselhar: “a mesa de jantar não é o melhor lugar para esse tipo de conversa”. Sobre o Brasil, disse: “A pior parte é que vocês estão perdendo biodiversidade e floresta tropical para criar animais que serão comidos em outros lugares. Se eu fosse um brasileiro, estaria p. da vida”.


MC - O que mais o assustou enquanto fazia sua pesquisa? 
JSF - Como a maioria das pessoas, eu achei que soubesse mais ou menos como as coisas se passavam e imaginava que a coisa era ruim, mas não conseguia perceber o quão ruim. Antes de fazer a pesquisa, não sabia que os pequenos produtores haviam se tornado tão raros, a ponto de 99% da comida que comemos vir da produção industrial. 

MC - Um mundo em que todos fossem vegetarianos seria melhor e equilibrado? 
JSF - Com certeza seria um mundo melhor, sob todas as perspectivas, mas isso não vai acontecer. Não há nenhuma chance disso acontecer, acho. Mas consigo imaginar um mundo em que a maioria das refeições seja vegetariana. Não a maioria das pessoas, mas das refeições. Esse é, para mim, o objetivo que deveríamos buscar: pensar menos na identidade de cada um e mais na realidade de cada prato.

MC - Sente saudade de algum prato com carne? 
JSF - Um pouco. Às vezes ando na rua e sinto cheiro de churrasco e penso “isso parece bom”. Também teria vontade de comer frango, se não soubesse que a indústria é tão nojenta. E sushi, eu adorava comer sushi. Mas, sabe, humanos são muito bons em dizer "não" para coisas que queremos por que nossa consciência assim nos diz. É como quando você vê alguém muito lindo na rua. Você não volta para casa e se espanca porque não pode ter um relacionamento com aquela pessoa. É só a vida.


MC - Como vê a relação entre comida e tradição? 
JSF – Quando falo disso, eu não minto a ninguém: pode ser complicado. Em algumas famílias a comida tem um componente religioso forte, em outras tem um componente de identidade nacional, e em outras é algo mais pessoal. O que podemos dizer é que, para todos, a comida é mais do que apenas calorias. Ela nos faz sentir mais do que satisfeitos, mexe com as nossas emoções. 

MC – O que diria a quem vê a dieta vegetariana como pobre em proteínas? 
JSF – Diria que isso não é verdade. Essa não é minha opinião, é fato científico. A American Dietary Association afirma que vegetarianos tendem a ter um balanço melhor de proteínas. Vegetarianos vivem mais e são mais saudáveis. Não acho que essa é uma razão para se tornar um, mas saúde não é um argumento para não se tornar.

MC – O que pensa de pessoas que comem carne? 
JSF - Eu não as julgo. E eu mesmo faço muitas coisas hipócritas na minha vida. As únicas pessoas que me incomodam são as que dizem não querer saber nada a respeito. Se alguém me diz "eu aprendi sobre o assunto, pensei nele e decidi que quero comer animais", isso é válido para mim.